Oi, queridos e queridas!
Hoje vim trazer uma resenha de um livro muito especial, que é um dos meus preferidos e uma fonte inesgotável de quotes, que fiz questão de postar em imagens bem fofinhas pra vocês. ♥
Em uma das minhas visitas mensais ao sebo amigo, encontrei essa lindeza e me joguei na leitura sem saber do que se tratava, apenas pela sinopse, que me conquistou logo de cara!
A Insustentável Leveza do Ser é um livro pra ser lido e degustado; com aquele tipo de enredo que esconde pequenos e grandes dilemas morais, que nos levam a questionar tudo e a enxergar certas situações e sentimentos com outros olhos. Ou você pode apenas negar tudo isso e acreditar que não passa de um romance meio confuso sobre um casal que enfrenta problemas no relacionamento. Mas eu realmente recomendo que você procure busque a leveza e o peso que Milan Kundera escreve com maestria nesse livro.
Uma das leituras mais tocantes que já fiz, e que faço questão de indicar, para que vocês leiam e se encantem também!
A história do livro gira em torno de 4 personagens: Tereza, a esposa apaixonada; Tomas, o marido infiel; Sabrina: (uma das melhores personagens femininas que já li e que vocês vão ter que ler pra descobrir quem ela é) e Franz (que também não posso contar, por motivos de: spoiler!), tendo como pano de fundo a cidade de Praga das décadas de 60 e 70, e o enredo se desenrola para nos mostrar como cada um deles lida com a carga - ou a leveza - que a vida impôs.
Os protagonistas são Tomas (a aparente força que se revela fraqueza), um jovem bonito e atraente médico reformado que possui um conforto financeiro que usa seu tempo para desfrutar da vida; e Teresa, a aparente fraqueza que se traduz em força, uma jovem mulher educada em um ambiente bizarro e repulsivo que prefere valorizar os prazeres da alma que os amores carnais. Eles se encontram quando Tomas faz um happy hour após o trabalho no bar onde Teresa trabalhava, e se interessa por ela devido a sua beleza; enquanto ela vê em Tomas todo o refinamento espiritual que tanto buscava.
É uma história de amor, não se enganem! Tomas encontra em Teresa sua cara metade, que ao contrário dele, prefere buscar o significado espiritual da sua vida e que gosta de ter os pés no chão. Ao definir o que significa realmente gostar de alguém, ele diz que "(...) o acaso tem suas mágicas, a necessidade, não. Para que um amor seja inesquecível, é preciso que os acasos se juntem desde o primeiro instante, como os passarinhos sobre os ombros de São Francisco de Assis". ♥
Teresa, ao contrário, busca em Tomas a âncora da sua vida e um alimento para a alma, um apoio para se livrar dos traumas que sua mãe lhe causou. Apesar de no começo ser difícil sentir certa empatia com os personagens, acabei me apegando ao Tomas, que apesar de tudo tenta enfrentar a vida da melhor forma que consegue.
A Insustentável Leveza do Ser é um livro que fala de renúncia, de zona de conforto, da incapacidade
de lutar contra um grande inimigo, da busca de uma nova identidade; e nos leva à descoberta da compaixão pelo próximo.
de lutar contra um grande inimigo, da busca de uma nova identidade; e nos leva à descoberta da compaixão pelo próximo.
Não é um livro fácil de ler, como vocês podem notar. A linguagem do autor é um tanto confusa em certos pontos, e excessivamente descritiva em outros. Mas o que incomoda mesmo são os ~tapas mentais~ que ocorrem mais ou menos uma vez sempre que viramos uma página... e isso requer certo tempo pra ser absorvido. E é exatamente isso que me fez ler cada vez mais! Se existe uma definição para a expressão "livro de cabeceira", ela deve citar A Insustentável Leveza do Ser: é um livro pra ser relido, sempre que nós esquecermos o que realmente significa se importar com o próximo e a importância das decisões que fazemos, que sempre nos levam a um caminho sem volta.
Existem muitas, muitas reflexões que o livro nos traz, mas a maior delas, pra mim, é sobre as coisas ruins que enfrentamos. Tantas vezes me pego relembrando períodos péssimos que enfrentei, tornando aquela lembrança uma cicatriz; que fica ali pra me lembrar do quanto as coisas podem simplesmente dar errado, e as consequências disso. Mas, será que é isso mesmo? Será que, se eu pudesse abrir mão de tudo de ruim que me aconteceu e viver uma vida de mar de rosas e sonhos de fadas, eu viveria? Parafraseando a eterna Clarisse Lispector, e se as mudanças (de personalidade, de espírito, de alma) que vivi por causa desses momentos ruins são justamente o que mantém o edifício inteiro? Essa resposta eu ainda não sei, mas sei que vocês deveriam mesmo ler esse livro!
p.s: Existe uma adaptação para o cinema do livro, 1988, com o mesmo nome. O filme já está no desafio Livros & Filmes, e assim que eu assistir, vai ter resenha aqui pra vocês! Pra quem se interessar, indico a página do filme no IMDb, e esse link com o trailer legendado, com a observação de que o filme contém cenas de sexo e nudez. Vale notar que a nota IMBd é bem alta (7,4/10) e que o elenco conta com Daniel Day-Lewis e Juliette Binoche, no frescor da juventude. Não vejo a hora de assistir!
Parabéns pelo texto. Estava procurando um livro para ler em julho e queria um texto sem spoiler. Leitura leve agradável.
ResponderExcluirTe segui, pelo blogger, para ser atualizado sobre as postagens.
Até mais!
Oi, Otávio!
ExcluirObrigada pelo elogio! ❤ Todas as resenhas aqui do blog são livres de spoiler, pode ficar despreocupado, eu também odeio! Hahaha. Obrigada por seguir o blog, seja bem vindo!
Acompanhei.
ExcluirCaso se interesse, eu também escrevo. Tenho um blog sobre astronomia, se quiser, passe lá e dê uma olhada: http://daterraparaasestrelas.blogspot.com.br/#axzz3fbUvxrpv
Até mais!