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[Resenha] A Vida Em Tons de Cinza - Ruta Sepetys

Bom dia, leitores!
Como estão nesse glorioso sábado de manhã? Por aqui o dia tá meio nublado, sem muito sol e sem muito frio; o dia perfeito pra um chocolate quente caprichado e um bom livro!
Já curada da minha ressaca literária, graças ao 100 Dias Em Paris, me joguei na leitura de A Vida Em Tons de Cinza. Adoro livros baseados em fatos reais, principal e especialmente sobre a Segunda Guerra Mundial, como todos vocês já devem saber. É um vício! Hahaha.
Nessa semana eu estava 'passeando' pra escolher os livros pra serem comprados nas férias (só chegaram 5, dos 10! =/) e me deparei com a sinopse desse livro. Fiquei fascinada! Além de ser ambientado na WWII e baseado em fatos reais, o livro traz um ponto de vista totalmente diferente do usual.
Um livro curto, impactante e inesquecível, cheio de personagens cativantes - tudo aquilo que a gente mais adora.
Vem comigo que eu te conto tudo ;-)


Sou absolutamente fascinada pela Segunda Guerra Mundial. Já li vários livros sobre o assunto, com destaque para as várias releituras de O Menino do Pijama Listrado e A Lista de Sshindler, já vi e revi vários filmes e principalmente, os documentários sobre o assunto. Como eu disse, é mesmo um vício!
Em nenhum desses livros, filmes e documentários vi algo a respeito do impacto da WWII nos países Bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia). E obviamente, de alguma forma deveria ter, afinal esses países fazem fronteira com a Rússia e a Polônia (os dois países que eu mais gostaria de conhecer!).
O que eu absolutamente desconhecia era a ocupação russa e o massacre em massa, onde mais de 20 milhões de pessoas foram mortas sob o regime de Stalin. E a autora conta os motivos para isso: para os sobreviventes desses massacres, contar essa história podia custar caro...

A autora me mostrou um lado totalmente diferente de tudo que eu já vi. Fiquei fascinada!
A história do livro nos conta a vida de Lina Vilkas, uma adolescente de 15 que vê sua vida mudar radicalmente ao ser deportada para um campo de concentração na Sibéria, com toda a sua família. Tudo que ela conhecia não existe mais e todos os seus sonhos, como o de se tornar uma grande artista plástica, são destruídos. Lina começa sua jornada de horror, sofrimento e dor, separada do pai e sem saber onde ele estaria, isoladas do mundo e enterradas em vida pelo segredo e desconhecimento do resto do mundo.
Ainda sim, ela não perde as esperanças. Sua família é instruída e bondosa, fazem o possível para melhorar suas vidas no campo de concentração, ajudam todos os trabalhadores e se tornam amigos de tantos outros cidadãos que foram condenados a suportarem todo aquele martírio. É de aquecer o coração a forma como a autora nos conta sobre esses personagens!
Através do seu olhar de menina, que aos poucos vai perdendo a doçura, Lina se esforça para encontrar junto à família conforto nas situações mais inusitadas e cotidianas; e acima de tudo, está determinada a viver, voltar ao seu antigo lar e refazer a sua vida. Encara cada obstáculo e luta com todas as suas forças - físicas e emocionais - para não se desiludir, não desistir e principalmente, sobreviver em um clima vários graus abaixo de zero e onde a noite dura 180 dias. (!!!)
O livro é narrado unicamente pela visão da Lina, uma protagonista pela qual é impossível não se apegar. Confesso que se eu tivesse descoberto que era uma adolescente que narrava o livro, teria desistido da leitura totalmente sem propósito, porque Lina é uma adolescente inteligente, nerd e acima de tudo positiva. Resumindo: A Vida Em Tons de Cinza pode provar que um livro com adolescente nem sempre tem que ter dramas sem fim! \o/
Aliás, o livro não tem drama de forma alguma, o que pra ser sincera me decepcionou um pouco. Não que ele não vá te fazer chorar, com certeza ele vai! Mas não existe clímax para essas situações, é simplesmente uma narrativa. Creio que tenha sido essa a intenção da autora, dar voz ao relato de todas essas pessoas que simplesmente, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias. Senti falta de uma escrita mais elaborada, que explorasse mais as situações vividas pelos personagens, mas isso em momento algum interfere na narrativa e se você não gosta de muito drama e adora o tema, vai adorar!

Avaliação da Mari: ,

A ~meia estrelinha~ que faltou, na minha opinião, foi a escrita mais elaborada - com ênfase para o dramático - em algumas situações vividas pelos personagens. E apenas por isso esse livro não é recomendação 4 estrelas. No mais, a leitura flui maravilhosamente e eu adorei o livro! Com certeza já está na minha lista de releituras, eu adoro apreciar o enredo sem o frio no estômago de saber o que vai acontecer na próxima página (coisa de nerd, sabe como é! hahaha).
Pra finalizar, deixo o quote que mais gostei:


Concordo plenamente, Ruta!
Bom, por hoje é só. Um bom final de semana pra todos vocês, com muito descanso e muita leitura!
Beijos, e até a próxima =)

Dica da tia Mari: peguem os lencinhos! Hahaha. Tudo bem que
eu não sirvo de base - choro até em comercial de cachorrinho.
Mas só por garantia, tenham seus lencinhos de prontidão, 
afinal nunca se sabe quando ninjas irão cortar cebolas
debaixo dos seus olhos...

Tô um brilho gente, voltei ao normal! É o segundo livro que eu leio
em um dia! Viva as férias! \o/

Comentários

  1. Oi, Mari! Eu também adoro WWII e estou sempre lendo algum livro relacionado a esse triste período da história mundial! Estou no meio de "Jackdaws: agentes especiais" do Ken Follett, que é sobre um grupo de mulheres que precisa destruir uma central de telefonia alemã, mas infelizmente o livro ainda não conseguiu me prender, sabe? :(
    Parabéns pela resenha, eu já estou curiosa com essa história, se esbarrar com ela, comprarei! o/
    Beijos e seguindo!

    bibliophiliarium.com

    ResponderExcluir
  2. Oi, Tici!
    Adoro Ken Follet, todos os livros dele que já li são ótimos, mas a trilogia atual dele é a minha preferida! O Inverno no Mundo também fala sobre guerra, são livros enormes, que eu devorei! Infelizmente ainda não foi publicado o último. Ele vai vir na Bienal, é o único autor que faço questão de pegar um autógrafo! =D
    Esse que você está lendo eu ainda não li e não conhecia, vou procurar saber mais a respeito. Alguns livros dele são meio maçantes no começo, mas normalmente a leitura engata! Tenta mais algumas páginas, quem sabe né?
    Você vai adorar essa história, Tici, certeza! É um lado da WWII totalmente novo, me pegou de surpresa e eu adorei!
    =D

    ResponderExcluir

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