Ontem não consegui ler nada, nem responder ao desafio, tive uma super crise de enxaqueca o dia inteiro, aff que raiva! Imagina a frustração, cheia de livro pra ler, empacada no meio da história e sentindo dor até em abrir os olhos; ninguém merece! =/
Mas hoje acordei bem melhor, com pique total!
Já consegui terminar o 4º livro da maratona e claro, vim postar a resenha aqui pra vocês =D
Já consegui terminar o 4º livro da maratona e claro, vim postar a resenha aqui pra vocês =D
Confesso que minha opinião pode ser considerada, no mínimo, controversa! Mas sem mais delongas, vamos ao livro!
Achei o livro super, super interessante. Tive um semestre na faculdade da disciplina de Psicologia, sempre me interessei pelo assunto! O fato do livro conter fatos reais e relatos de pacientes da autora torna a leitura ainda mais interessante, alguns casos citados fizeram muito "sucesso" na mídia, portanto mesmo quem não se lembra pode fazer uma pesquisa de 5 minutos no google e achar muitos fatos relevantes, sobre o psicopata em questão. É um livro relativamente pequeno (213 páginas), que pode ser lido em até um dia no máximo; com duas condições.
A primeira, é claro, é que você não tenha uma crise de enxaqueca que te faça sentir dor ao enxergar a menor quantidade de luz que seja. A segunda é que você não se importe com a linguagem fácil e a imensa quantidade de clichês que a autora utilizou...
Agora, não é questão de querer levantar polêmica, é apenas a minha opinião!! Eu, Mari Pacheco, não gosto de livros escritos dessa forma, que buscam ser populares a qualquer custo, sacrificando o valor literário de uma frase bem construída e explorando ao máximo o uso de clichês e os famosos "lugares comuns". Essa foi a impressão que eu, Mari Pacheco, senti do livro.
Entendo a necessidade da autora de popularizar o livro, e de não escrever em termos excessivamente técnicos - porque aí sim seria impossível de ler! - e apesar disso, li o livro até o final; e talvez seja o mais importante, compreendi a ideia do livro.
Uma coisa interessante, foi impossível não comparar esse trecho...
"Mostrar apreço às condutas louváveis, ser bondoso ou educado, ter um
comportamento exemplar e cauteloso, preocupar-se com o que os outros pensam
a nosso respeito nem de longe pode ser definido como consciência
de fato. Afinal, a consciência não é um comportamento em si, nem mesmo
é algo que possamos fazer ou pensar. A consciência é algo que sentimos. Ela existe,
antes de tudo, no campo da afeição ou dos afetos. Mais do que uma função
comportamental ou intelectual a consciência pode ser definida como uma emoção."
... com o Tempi tentando explicar ao Kvothe o que é a Letani. (Trilogia A Crônica do Matador do Rei ❤ )
Pra exemplificar o que eu quis dizer com a linguagem escolhida pela autora, escolhi alguns trechos aleatórios (desculpem se ficar sem sentido, mas pra entender o contexto vocês precisam ler o livro, uai!):
Pra exemplificar o que eu quis dizer com a linguagem escolhida pela autora, escolhi alguns trechos aleatórios (desculpem se ficar sem sentido, mas pra entender o contexto vocês precisam ler o livro, uai!):
"Como animais predadores, vampiros ou parasitas humanos, esses
indivíduos sempre sugam suas presas até o limite improvável de uso
e abuso. (...) Os psicopatas são os vampiros da vida real. Não é
exata-mente o nosso sangue que eles sugam, mas sim nossa energia
emocional."
Achei essa comparação extremamente forçada. Sério? Vampiros? Psicopatas sugadores de "energia emocional"? Nesse momento fiquei com impressão de estar lendo um livro exotérico (que já li e gostei de vários, aliás) e não um livro escrito por uma psiquiatra. Estão entendendo o que eu quero dizer??
Para exemplificar que esse não define o tom do livro e que existem muitas informações relevantes, deixo mais dois trechos:
"Passe a ler os jornais sob esse novo prisma (a falta de consciência)
e você perceberá rapidamente que a extensão desse problema é
amedrontadora. Convenhamos, não é chocante saber que tais
comportamentos moralmente incompreensíveis são exibidos
por pessoas aparentemente "normais" ou comuns?"
A frase que mais concordei no livro vem logo depois desse trecho: a nossa sociedade vem banalizando "o mal" e contribuindo para a inversão de valores morais (apesar de que com certeza eu substituiria a expressão "o mal"- que aparece, infelizmente, várias vezes no livro; nesse caso citado interpretei como se tratando da criminalidade!). Na minha opinião, há muito que o brasileiro não se choca mais com praticamente nada: de corrupção a assassinatos brutais, vemos TODOS OS DIAS na tv. O único propósito claro pra mim é dessensibilizar a população e tornar hábito, e não exceção, ver cenas violentas que acontecem diariamente pelo país.
"Defendo a ideia de que tais problemas [violência no trânsito, a contaminação
ambiental, os genocídios, os homicídios cruéis, a corrupção, os atentados
terroristasse agravam ] de modo extraordinário devido à ação dos psicopatas
e de diversas outras pessoas que, sem desenvolver plenamente essa condição,
adotaram uma "forma psicopática" de se relacionar com os demais. Os psicopatas
representam a minoria da população mundial, porém são responsáveis por
um grande rastro de destruição."
Não sou psiquiatra, não sou psicóloga e tenho certeza que um semestre da disciplina de psicologia não me torna apta a julgar ou diagnosticar problemas de quem quer que seja. Mas na minha opinião, acho que muito dessa "forma psicopática" de lidar com situações e pessoas é apenas o bom e velho mau caratismo mesmo, falta de ética, de moral, de criação adequada. Daí a acreditar que a pessoa tem uma doença psiquiátrica, vai um pouco mais longe, vocês não acham?
"Acreditar que todos somos um pouco sombrios é mais fácil do que admitir
a ideia real e perturbadora de que alguns seres humanos vivem permanentemente
em uma insensibilidade moral absoluta"
Citei esse trecho apenas pra dizer que não concordo com essa afirmação, e acho perfeitamente possível admitir os dois: acredito que todos somos um pouco sombrios (por exemplo, em um momento de raiva desejando que algo mal aconteça com alguém), mas também acredito que alguns seres humanos possam viver em uma insensibilidade absoluta; exatamente como na série Dexter.
Apenas para finalizar, um dos testes que a autora cita no livro é a Escala Hare de Psicopatia, descoberta em mil novecentos e não-sei-quantos e utilizada até hoje. Achei uma reportagem bem legal explicando os itens dessa Escala, para os nerds que se interessarem, basta clicar aqui, e para os nerds mais nerds ainda que quiserem informações sobre os psicopatas e sobre o autor da Escala, é só clicar aqui.
Final do 4º livro da Maratona Literária, faltam 3 mais o livro bônus!! O saldo atual é da Maratona:
.¸¸.*♡*.¸¸.*☆*¸.*♡*.¸¸.*☆*.¸¸.*♡*.¸¸.*☆*
Final do 4º livro da Maratona Literária, faltam 3 mais o livro bônus!! O saldo atual é da Maratona:
- 253 páginas - A Senhora do Jogo - Sidney Sheldon
- 322 páginas - Lincoln - Doris Kearns Goodwin
- 464 páginas - Fiquei Com o Seu Número - Sophie Kinsella
- 213 páginas - Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado - Ana Beatriz Barbosa Silva
- TOTAL = 1252 PÁGINAS LIDAS
Total de Livros Lidos:
Próximo livro escolhido: "Sidney Sheldon - O Outro Lado da Meia Noite"
Até amanhã (ou hoje mais tarde), com a resposta do 5º desafio!
❤
Comentários
Postar um comentário