Oi, gente!
Hoje vim trazer uma resenha desse livro especial, que li recentemente e que se tornou um dos meus favoritos da vida!
Em mais um daqueles casos onde o filme nos faz procurar mais a respeito do livro, conheci essa história e me chamou tanto a atenção que ~passei na frente~ de um monte de outros livros e me joguei na leitura!
Se tem algo que cativa meu coraçãozinho de leitora são livros com temas "espinhosos" escritos de forma tão espetacular. Fiquei encantada do começo ao fim e a autora soube me manter cativada e motivada a virar a próxima página; com um toque de humor inesperado que me fez rir, e com um final super fofo que me fez chorar. Impossível não se tornar um favorito!
Apesar do medo das comparações inevitáveis, assim que terminei o livro corri para assistir, e não tenho do que reclamar: uma das melhores adaptações que já tive o prazer de assistir.
Se você também está curioso a respeito do livro (e/ou do filme), vem comigo!
O enredo do livro é ambientado na década de 60 (e é o que torna tudo mais interessante) durante a luta pelos direitos civis e pelo fim do apartheid. Com essa sinopse, o leitor poderia esperar um clima de tensão dramática durante toda a narrativa, mas não é isso que acontece.
A protagonista do livro, Aibileen, é uma daquelas personagens que você se cativa à primeira vista. É dela a narrativa do livro e através do cotidiano dela que mergulhamos nessa época um tanto sombria da história americana, onde os negros eram abusados pela polícia e pelos patrões, recebiam os piores salários e tinham que suportar todo tipo de preconceito.
A história se passa no Mississípi (um dos países mais "problemáticos" na época), em uma cidade do interior que lutava contra unhas e dentes contra o fim da segregação racial. Eugênia Skeeter, uma moradora branca local, filha de uma família tradicional da região, volta para a cidade após terminar a faculdade de jornalismo e busca a ajuda de Aibileen, a empregada negra da casa de sua amiga, para ajudá-la em seu primeiro emprego como colunista de jornal na sessão de "utilidades domésticas" - sobre as quais ela não sabia nada, obviamente, já que também foi criada por uma babá negra.
Essa parceria improvável foi desaprovada por todas as amigas da Skeeter, assim como todas as famílias brancas da região, porque simplesmente não ficava bem uma amizade inter-racial naquela época. As amigas da Aibileen também viam com maus olhos essa dupla que ousava desafiar o critério estabelecido, e imaginava que o único resultado seria mais problemas para Aibileen.
Apesar disso, a parceria acabou se tornando amizade, conforme Skeeter notava pela primeira vez a vida da Aibileen e todos os preconceitos que enfrentava, as dificuldades financeiras, o medo sempre constante, após o sucesso da luta de Martin Luther King.
Pensando nisso e ansiosa para ser uma jornalista de sucesso, Skeeter resolve escrever um livro a respeito da vida das empregadas negras, o que causa todo tipo de polêmica e uma enorme dificuldade para Skeeter, já que obviamente nenhuma das empregadas gostaria de ajudá-la nessa missão - haviam pessoas sendo espancadas nas ruas todos os dias por muito menos.
Na perseguição desse sonho conhecemos várias outras personagens, e cito especialmente a Minny, que é de longe a mais engraçada da trama. Uma experiência literária que faz rir, e faz chorar, e que no geral encanta o leitor a cada linha.
O foco do livro na visão unicamente das mulheres é um bônus mais do que desejado e que me fez lembrar um pouco do espetacular A Cor Púrpura, da Alice Walker, embora tenha o tom um pouquinho mais leve.
Classificação 5 de 5 estrelas e, é claro, se tornou um dos meus preferidos da vida. Mais recomendado impossível!
Tapas mentais: a gente vê por aqui!
Filme: Histórias Cruzadas (2011)
Título Original: The Help
Nota IMDb: 8,1
Tive certo receio de assistir o filme depois das altas expectativas do livro, e raramente fiquei tão feliz com uma adaptação. O filme é espetacular, como se pode ver pela nota no IMDb, pela indicação a quatro Oscars (tendo ganhado um, de melhor atriz coadjuvante, para Octavia Spencer, que interpreta a Minny - ela também ganhou o Globo de Ouro na mesma categoria!) e quatro Globos de Ouro, além de vários outros prêmios. No total, o filme venceu 73 prêmios e foi indicado a 97, e vocês podem conferir a lista completa aqui.
Chorei e ri ainda mais do que no livro, me indignei mais, e no final estava praticamente soluçando, embora estivesse com um sorriso no rosto. É esse tipo de filme ❤
Em termos de adaptações, Histórias Cruzadas exemplifica exatamente o que eu imagino que deveria ser a regra (e não a exceção): exceto por alguns personagens coadjuvantes cortados e uma história mais enxuta, não pude encontrar uma só discrepância entre os enredos. O filme aborda um pouco menos do contexto histórico do que eu gostaria, mas isso é apenas uma preferência pessoal; e me cativou por ter mostrado um ~romance~ da Skeeter que personificou o que ela é: uma mulher a frente do seu tempo. Uma das cenas mais hilárias do filme é ela dirigindo um trator para o seu primeiro encontro, já que estava sem carro, e chegando no restaurante chiquérrimo toda esbaforida, só pra detestar o par à primeira vista e ir embora furiosa:
As cenas com a Minny me fizeram literalmente chorar de rir, merecidíssmo o Oscar para Octávia Spencer! Ela conseguiu personificar o personagem com tudo que ela tinha de melhor e de pior, e atuar todo aquele gênio e a personalidade forte não deve ter sido fácil!
Vale menção honrosa à Viola Davis, uma das minhas atrizes preferidas, que soube me prender à tela do começo ao fim. Ela estava no filme exatamente a mesma Aibileen que eu imaginava enquanto lia o livro, e isso é um milagre da Nossa Senhora da Sétima Arte. Fica aqui minha homenagem!
Não posso deixar de comentar também a fotografia do livro, os cenários, as roupas e as músicas: tudo no filme nos transporta para aquela época. Já fazia um certo tempo que eu não tinha essa experiência, e fiquei mais do que encantada! Por tudo isso e mais um pouco, fica a dica: assistam o filme e se apaixonem também!
Lágrimas: a gente vê por aqui também! ='(
Por hoje é só, pessoal! Espero que tenham gostado da resenha e que realmente assistam o filme. Pra quem já assistiu, não se esqueça de deixar sua opinião nos comentários!
Bjos & Até a Próxima ;)
Sou louca para ler o livro. Quando assisti ao filme não fazia ideia da existencia do livro e foi aí que descobri. O filme é realmente muito bom e sempre que está passando na tv (radas as vezes que passa). Assisti ao filme mais pelas atrizes do que pela história por trás, porém me surpreendi imensamente com o enredo conforme ia assistindo. Acredito que o livro será muito melhor por abordar um pouco mais do contexto histórico.
ResponderExcluirTudo que Motiva
Oi, Rafa!
ExcluirHistoricamente, o livro é mais profundo e aborda melhor a vida das mulheres negras da época; e também achei a história um pouquinho melhor desenvolvida no livro que no filme. Mas, no geral, o filme é mais do que excelente e cumpre bem o papel de complementar o livro.
Se você gostou do filme, com certeza irá adorar o livro! =D
Ola, tudo bem?
ResponderExcluirEu li esse livro fai pouco tempo. Gostei muito dele e adorei a Skeeter.
Parabéns pola resenha.
Boas leituras e beijinhos de Espanha! :)
http://abracalibro.blogspot.com.es
Hola!
ExcluirGracias por su amabilidad. Esta fue una de las lecturas que más me gustaron, se convirtió en uno de mis favoritos. La película también es espectacular!
Gracias por su visita! Y besos de Brasil: D