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Séries da Mari #1 - True Blood

Primeiramente, bom dia!
Hoje, finalmente, venho trazer o primeiro da série de posts sobre as séries que eu assisto. A escolha não é por preferência, mas sim aleatória, e True Blood foi escolhido porque voltou do hiato há pouco tempo para sua sétima e infelizmente última temporada.
Vou fazer o possível para deixar esse post não muito enorme, porque são tantas coisas incríveis sobre essa série, que na minha opinião seria um crime não citar!
Acho que no final vocês irão entender porque demorei tanto, e como eu sou - de verdade - uma nerd completa. Pesquiso todas as informações que saem na mídia sobre o assunto! Hahaha. Depois que o número de séries que eu assisto aumentou de 4 para 9, e com a faculdade cada vez mais complicada, deixei de acompanhar tanto quanto antes. Esse é um dos motivos pelos quais eu não começo novas séries, aliás. Coisas de nerd, sabe como é!
Sem mais delongas, vem conhecer o fascinante mundo de True Blood!

A série foi ao ar pela primeira vez em 7 de setembro de 2008, e logo de cara, não foi assim um sucesso tão grande. A série foge de todas as tradições de vampiros, já que em True Blood os vampiros "saíram do caixão" e convivem em sociedade juntamente com os humanos, graças aos cientistas japoneses que inventaram o sangue sintético, que permite aos vampiros uma "coexistência pacífica". Bom, dizem que o que vale é a intenção, né... 
Alguns sites gringos também citam como fonte da falta do sucesso inicial da série a estratégia de divulgação, que constituiu em: enviar e-mails em massa (alguns foram escritos em japonês e acompanhados por amostras da bebida "Tru Blood", apresentado como o sangue sintético) em maio de 2008; a implementação de vários funcionários de sites fictícios (Liga Americana de Vampiros, da Irmandade do Sol , um blog que segue a integração dos vampiros na sociedade); propaganda enganosa com cartazes que incentivavam as pessoas a apoiar a alteração nos direitos dos vampiros ou ao contrário, negar a sua integração na sociedade; e um jornal falso chamado New York Anouncer, anunciando que os vampiros existem. Só posso dizer que achei genial a ideia! 

A série é baseada nos livros As Crônicas de Sookie Stackhouse (título original "The Southern Vampire Mysteries) da autora Charlaine Harris e lançado em 1º de maio de 2001, e aqui eu estou usando o termo "baseada" de forma livre, porque em termos de fidelidade, True Blood deixa muito, mas muito mesmo a desejar. 
Comecei a assistir a série na metade da primeira temporada, porque As Crônicas de Sookie Stackhouse é uma das minhas séries favoritas, que já reli tantas vezes que poderia citar alguns trechos de cor. A reação inicial foi revoltante e muito frustrante, principalmente durante a segunda temporada, em que a série se distanciou totalmente do enredo dos livros. O próprio Stephen Moyer (ator que interpreta Bill Compton) admitiu nessa entrevista que a audiência da série só é composta de 5% pelos leitores. Passei algum tempo sem assistir, mas não teve jeito: voltei durante o lançamento da quarta temporada e assisti todos os episódios atrasados.
Importante o aviso que a série contém alto grau de nudismo, sexo explícito, violência e muito, mas tipo MUITO sangue e morte pra todos os lados, como aliás a maioria das séries da HBO (vide Game of Thrones, né! Hahaha). Algumas cenas são chocantes e outras beiram à comédia, mas para os que não gostam, True Blood não é para quem tem estômago fraco!
Me apaixonei pela narrativa dos personagens da série, porque no livro, o único ponto de vista é o da Sookie, enquanto na série vários personagens são explorados de forma independente. Também me fascinei com a facilidade do criador da série, Allan Ball, de interligar histórias e personagens em um mesmo episódio; me senti ligada e mal conseguia aguentar a ansiedade pra descobrir o desfecho!
Depois do meu desagrado inicial com a diferença entre os livros e a série, assisti compulsivamente todos os episódios e sofri a cada hiato, em especial no último, porque sabia que a série havia renovado contrato apenas para mais uma temporada. Todas são incríveis, a maioria de tirar o fôlego e a única pela qual não me apaixonei perdidamente foi a 5º, que aborda mais o lado político da existência dos vampiros na sociedade (coisa que aliás, mal é desenvolvida no livro).

Personagens


Apesar de todo o romance e drama, a Sookie á uma protagonista que não me irrita e que não é a favor do mimimi. Com seu sangue de fada atraindo vampiros (aliados e inimigos) e muitos seres sobrenaturais, o que não falta é desgraça na vida dessa menina. Mas ela sacode a poeira e segue em frente, da melhor maneira que consegue. Simplesmente cativante!
Bill Copton e eu não somos lá melhores amigos, porque jamais o perdoaria como a Sookie, antipatizei muito com o personagem porque me identifiquei com a protagonista, se é que isso faz sentido (não faz não, eu sei, hahaha). Mas nem por isso deixa de ser um personagem interessante e relevante para a maioria das tramas!
Eu sou team Eric e não nego pra ninguém! Hahaha. Se você acha o personagem na série muito badass, no livro ele é bem mais e isso é uma das principais características que me atraem nele. Auto confiança é tudo nessa vida, minha gente!
O Alcide é o típico personagem machista e tradicional, que não sei porque diabos me conquistou tanto. Sua relevância na série é imensa e serve muito ao propósito de tirar o foco de um triângulo amoro clichê.
A série explora de maneira magistral todos os personagens secundários, que são muitos! Os meus preferidos são a Pam, a Jess e o Sam.

Curiosidades

A quantidade de prêmios da série é imensa. Anna Paquin levou o Globo de Ouro de 2009
de melhor atriz de série dramática, o elenco venceu Emmy Awards do mesmo ano na
categoria de melhor elenco de série dramática; no Scream Awards de 2010 Alexander Skargard
e Anna Paquin foram os vencedores nas categorias melhor ator/atriz em série de terror, além de 
quatro Satellite Awards e dezenas de indicações.

Indicada ao Emmy na categoria de melhor abertura foi criada pela Digital Kitchen, 
um estúdio de produção, que também foi responsável por criar a abertura dos seriados
 Six Feet Under e Dexter. A abertura tem como musica de fundo a canção "Bad Things" 
de Jace Everett, e conceitualmente, é construída a partir da mistura de imagens contraditórias 
que envolvem sexo, violência e religião, projetadas ao ponto de vista do "sobrenatural". O homem que aparece dançando com uma garota é Mark Bayshore, um dos membros da equipe, e os meninos com os rostos sujos com frutas são os filhos dele.

Uma das características principais da série é o sotaque sulista, conhecido como
um dos mais difíceis de ser reproduzido. Imaginem pra quem é de outro lugar! 
Vários atores são de locais muito diferentes do sul dos EUA: Anna Paquin (Sookie
nasceu no Canadá e cresceu na Nova Zelândia, Stephen Moyer (Bill) é britânico, 
Ryan Kwanten (Jason) é australiano e Alexander Karsgard (Eric) é sueco!! Nesse
painel da ComicCon de 2011 é possível perceber a diferença na fala de cada ator.
Ian Somehalder participou da seleção do elenco de True Blood, mas acabou não sendo 
chamado. E acho que deu super certo, porque não haveria melhor Damon para The
Vampire Diaries!

Ana Paquin (Sookie) e Stephen Moyer (Bill) são casados na vida real desde agosto
de 2010. Se conheceram na série, casaram-se e dois anos depois tiveram gêmeos, e
a sexta temporada só começou a ser gravada após o nascimentos dos bebes. True Blood
também é amor, gente!

Cada título dos episódios da série são na verdade o nome de uma música, que
 toca ao final do episódio. Uma das músicas da 2ª Temporada, "Nothing But The Blood of Jesus", 
precisou ter uma de suas frases alteradas. De "White as Snow" (Branco Como Neve), foi mudada para "black as snow" (Preto Como Neve), para eliminar qualquer referência a raça, pecado, ou discriminação.

A empresa americana Omni Consumer Products, fez a bebida "Tru Blood" inspirado 
por aquilo que aparece na série. Consistente com HBO, o refrigerante de laranja e cor de 
sangue é comercializado nos Estados Unidos, exclusivamente no Guarde Online 
Home Box Office. Em julho de 2009, Alan Ball e vários atores da série estavam presentes 
na ComicCon San Diego para promover a bebida. Você também pode se deliciar com True Blood, comprando pela Amazon, quando o produto estiver novamente disponível, clicando nesse link
Outros produtos da série são: um livro de receita chamado True Blood Cookbookest além de jóias
com design baseado em True Blood.

Classificação da Mari: 

Até agora, a série é sem sombra de dúvidas 4 de 5 estrelinhas! Assisto os episódios e já sei que é diversão de qualidade garantida. Confesso que estou com um pouquinho de medo do final da série, mas sigo confiante na indicação e com fé que os produtores vão saber encerrar o enredo sem deixar pontas soltas e com a maestria que True Blood vem mostrando ao longo dos últimos 7 anos.


Fontes: 

Comentários

  1. Oi Kaio!
    Cê viu? Deu um trabalhão! Hahuehauhuehua
    A HBO faz as melhores séries, mas no aspecto polêmica (nudez/violência/sexo explícito/etc) acho que às vezes eles pesam a mão e fica um pouco forçado. Em True Blood dá pra perceber isso nitidamente, porque embora no livro tenha sim algumas partes polêmicas, nem de longe existe a quantidade que a série mostra e jamais nesse nível.
    Acho que é um dos pontos que faz a maioria das pessoas não gostarem. E True Blood, não tem meio termo: ou a gente ama, ou odeia;não é aquele tipo de série que você vê just for fun, sabe?
    Obrigado pelo elogio, adoro fazer posts completos mas fico achando que ninguém tem paciência pra ler! Hahahaha
    =D

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